Determinação dos intervalos de referência do Tempo de Protrombina e do Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada

  • Mónica Peixe Serviço de Patologia Clínica Hospital Beatriz Ângelo / General Lab Portugal
  • Fabíola Rodrigues Serviço de Patologia Clínica Hospital Beatriz Ângelo / General Lab Portugal
  • Isabel Galvão Serviço de Patologia Clínica Hospital Beatriz Ângelo / General Lab Portugal

Resumo

Por norma os laboratórios adotam o intervalo de referência (IR) fornecido pelo fabricante do reagente, embora este nem sempre seja adequado à sua população. Verificou-se que esta prática dificultava a interpretação correta dos resultados do Tempo de Protrombina (PT) e do Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (aPTT), sendo recorrente a solicitação de testes adicionais para esclarecer a situação clínica do doente. O objetivo deste trabalho foi determinar os IR do PT e do aPTT para a população do laboratório. Participaram no estudo 209 voluntários aparentemente saudáveis. As amostras foram processadas em analisadores BCS® XP (Siemens Healthcare Diagnostics) utilizando os reagentes Thromborel® S e Dade®Actin®FS, para PT e aPTT, respetivamente. Os IR foram definidos através de um método estatístico não paramétrico. Resultados: IR (95%) (segundos); PT: 10.6 – 13.5; aPTT: 21.4 – 29.9. Os IR obtidos diferem significativamente dos fornecidos pelo fabricante (PT: 9.8 – 12.1, aPTT: 23.0 - 31.9). A adoção dos novos intervalos veio facilitar a interpretação dos resultados pelos clínicos e permitiu obter vantagens significativas a nível económico, pela diminuição dos custos associados à prescrição desnecessária de outros parâmetros de coagulação.
Secção
Comunicações Curtas