Evolução Terapêutica dos Sistemas de Libertação Modificada para Administração Oral

  • Ana Figueiras

Resumo

As formas farmacêuticas para administração por via oral são, sem qualquer dúvida, as que maior
simplicidade e comodidade proporcionam ao doente pelo seu caráter não-invasivo e por possuírem,
ao mesmo tempo, um baixo custo. No entanto, as limitações à biodisponibilidade oral de fármacos
em sistemas convencionais de libertação imediata requerem o desenvolvimento de formulações
que consigam ir de encontro às necessidades farmacocinéticas e terapêuticas que se apresentam,
adquirindo os sistemas de libertação modificada uma grande importância neste contexto. Uma
ampla variedade de sistemas, visando condicionar a velocidade e o local de libertação dos fármacos
por diversas estratégias, tem sido desenvolvida e comercializada com sucesso, destacando-se os
sistemas osmóticos, matriciais, mucoadesivos e gastro-retentivos. Com o objetivo clínico de atingir
uma óptima terapêutica farmacológica, estes sistemas possuem uma vasta aplicação na terapêutica
de várias doenças distintas, tais como a esquizofrenia, a colite ulcerosa, o cancro e a doença de
Parkinson, produzindo vantagens em termos de eficácia, segurança e compliance do doente. É
expectável que a investigação respeitante a estes sistemas continue a aumentar, propondo-se a
ultrapassar os desafios inerentes à veiculação de muitas substâncias ativas.