Fatores explicativos do consumo de medicamentos não sujeitos a receita médica em Portugal
Resumo
Este estudo tem como objetivo determinar os fatores que contribuem para o consumo de medicamentos não sujeitos a receita médica em Portugal. Esta análise usa dados provenientes do 4º Inquérito Nacional de Saúde e o modelo aplicado é o modelo de regressão logística múltipla. A variável dependente é dicotómica: toma/não toma MNSRM. Como variáveis explicativas consideram-se variáveis sociodemográficas, variáveis de estado de saúde, bem como variáveis relativas à utilização de cuidados de saúde. Os consumidores de MNSRM são divididos em dois grupos: os que consomem este tipo de produtos para fins de nutrição e os que consomem para fins de automedicação. O grupo dos não consumidores é usado como grupo de controlo nas duas análises. Em ambos os casos o grupo mais propenso ao consumo são as mulheres, com rendimentos mais elevados e maior grau de escolaridade.
Referências
American College of Preventive Medicine (2011), “Over-the-counter medications: use in general and special populations, therapeutic errors, misuse, storage and disposal”, disponível em https://c.ymcdn.com/sites/www.acpm.org/resource/resmgr/timetools-files/otcmedstimetool.pdf [acedido a 17 de julho de 2015].
Barros, P.P.; Nunes, L.C. (2011) 10 anos de Política do Medicamento em Portugal, Nova School of Business & Economics.
Brass, E.P. (2001), “Changing the status of drugs from prescription to over-the-counter availability”, New England Journal Medicine 345:810-816.
Calamusa, A.; Di Marzio, A.; Cristofani, R.; Arrighetti, P.; Santaniello, V.; Alfani, S.; Carducci, A. (2012) “Factors that influence Italian consumers’ understanding of over-the-counter medicines and risk perception”, Patiente Education and Counseling, 87: 395-401.
Casanova, M. (2011) Requisitos regulamentares e análise da evolução do Mercado. Colégio da especialidade de assuntos regulamentares, Ordem dos Farmacêuticos.
.
Cruz, P.; Caramona, M.; Guerreiro, M. (2015), “Uma reflexão sobre a automedicação e sobre os medicamentos não sujeitos a receita médica em Portugal”, Revista Portuguesa de Farmacoterapia 7: 83-90.
Escola Nacional de Saúde Pública (2014). “Saúde que Conta – Questionário Europeu de Literacia em Saúde em Portugal”, disponível em http://www.saudequeconta.org [acedido a 20 de julho de 2015].
Fernandes, A.; Palma, L. Frazão, F.; Monteiro, C. (2010), “Medicamentos não sujeitos a receita médica - razões mais frequentes de seu uso”, Revista Lusófona de Ciências e Tecnologias da Saúde 7: 47-55.
Lourenço, O.; Quintal, C.; Ferreira, P..; Barros, P. P. (2007) “A Equidade na Utilização de Cuidados de Saúde em Portugal: uma avaliação em modelos de contagem”, Notas Económicas, 25: 6-26.
National Council on Patient Information and Education (1995) “The Benefits of Consumer Medicine Information”, disponível em http://www.talkaboutrx.org/documents/benefits_cmi.pdf [acedido a 17 de julho de 2015].
Pita, J. R. (2010) “A farmácia e os medicamentos em Portugal nos últimos 25 anos”,
Debater a Europa, 2-3: 38-55.
Reis, L. A. (2010) “O conhecimento sobre o medicamento e a literacia em saúde – um estudo em adultos, utentes do concelho de Lisboa”, Tese de dissertação para a obtenção do grau de Mestre em Saúde e Desenvolvimento, Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa.
Sequeira, C. F. (2011) O paradigma da farmácia em Portugal e os actuais desafios colocados à sua gestão. Universidade Fernando Pessoa, Faculdade de Ciências da Saúde.
World Health Organisation (2000), Guidelines for Regulatory Assessment of Medicinal Products for Use in Self-Medication, Genebra: WHO.
World Self-Medication Industry (s.d.) “Responsible self-care and self-medication - a worldwide review of consumer surveys”, Voltaire-France: The World Self-Medication Industry, Disponível em http://www.wsmi.org/wp-content/data/pdf/wsmibro3.pdf [acedido a 5 de junho de 2015]
Youmans, S. L.; Schillinger, D. (2003) “Functional health literacy and medication use: The pharmacist's role”. Annals of Pharmacotherapy, 37: 1726-1729.