O Arsenal Terapêutico na Segunda Guerra Mundial (1939-1945)

  • João Figueirinha
  • Jaime Conceição

Resumo

Numa das piores épocas bélicas que a humanidade já passou, como a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu o desenvolvimento considerável do arsenal terapêutico e da Indústria Farmacêutica. Foi neste período que se utilizou a penicilina, descoberta por Alexander Fleming em 1928; houve a criação de um sistema de farmacovigilância rudimentar e a necessidade da avaliação da toxicidade (segurança) do medicamento antes da sua comercialização. Adicionalmente, refere-se que existiram várias personalidades, desde operários a ilustres políticos, com dependência de substâncias como a morfina, a heroína e as metanfetaminas ainda hoje utilizadas.
Esta publicação pretende analisar os principais avanços ao nível da terapêutica farmacológica e relacionar a temática, sempre que possível, com os acontecimentos militares e sociais importantes no desfecho final da Segunda Guerra Mundial. A utilização de antibióticos (p. ex., sulfonamidas, penicilina e estreptomicina), opioides (p. ex., morfina e heroína) e estimulantes do sistema nervoso central (p. ex., anfetaminas e cocaína) será abordada em maior detalhe. No que diz respeito à metodologia, procedeu-se a uma revisão da literatura, privilegiando-se os artigos científicos.
Concluiu-se que o avanço farmacológico e a descoberta de novos fármacos durante a Segunda Guerra Mundial deveram-se ao enorme investimento na investigação, por parte dos governos e investidores privados, favorecendo militarmente o bloco que apoiavam, com a finalidade de aumentar o estado de alerta, a energia, a capacidade de concentração e a sensação de bem-estar, proporcionar o alívio da dor e o tratamento de infeções bacterianas dos soldados para que pudessem combater eficazmente até à vitória.
Palavras-chave: segunda guerra mundial, medicamento, saúde pública.

Publicado
2023-12-29