Efeito da adesão à terapêutica no estado de saúde do idoso
Resumo
A prevalência de doenças crónicas aumenta com o envelhecimento, e o constante crescimento do contingente populacional faz da adesão à terapêutica um grande desafio. Uma solução para o problema da não adesão à terapêutica prescrita pelo médico na população é a implementação, na farmácia comunitária, de ações de intervenção e acompanhamento farmacêutico.
Foram avaliados 54 idosos medicados com pelo menos 3 medicamentos e que viviam de uma forma autónoma. A adesão à prescrição médica foi observada pelo acompanhamento dos doentes, contagem de medicamentos não administrados e evolução dos resultados do perfil lipídico, glicemia, pressão arterial e risco cardiovascular, no início e fim do estudo.
O objetivo deste estudo foi na sua generalidade alcançado, uma vez que a intervenção farmacêutica contribuiu para a adesão à terapêutica, reduzindo deste modo o impacto de fatores de risco associados às doenças cardiovasculares, promovendo a qualidade de vida dos idosos.
Referências
World Health Organization. Active ageing: a policy Framework. Geneva. 2002; [Acedido a 08 de Fevereiro de 2011]. Disponível na Internet: http://whqlibdoc.who.int/hq/202/who_nmh_ nph_02.8.pdf
Instituto Nacional de Estatística. Dia internacional do idoso. 2005; [Acedido a 08 de Fevereiro de 2011]. Disponível na Internet: http://www.ine.pt/ xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_ destaques&DESTAQUESdest_ boui=73639&DESTAQUESmodo=2
Instituto Nacional de Estatística. O envelhecimento em Portugal: situação demográfica e socioeconómica recente das pessoas idosas. 2002; [ Acedido a 08 de Fevereiro de 2011]. Dis- ponível na Internet: http://www-ine.pt/xportal/ xmain?xpid=CENSOS&xpgid&ine_censos_estu- do_det&menuBOUI=12707294&contexto=es &ESTUDOSest_boui=106370&ESTUDOSmodo =2&selTab=tab1&pcensos=61969554
World Health Organization. Healthy ageing. Practical pointers on keeping well. 2005; [Acedido a 09 de Fevereiro de 2011]. Dis-ponível na Internet: http://whqlibdoc.who.int/
wpro/2005/9290610611_eng.pdf.
Bressler R, Bahl J. Principles of Drug Therapy for the Elderly Patient. Mayo Clin Proc. 2003;78:1564-1577.
Nobrega O, Karnikowski M. A terapia medicamen-
tosa no idoso: Cuidados na medicação. Ciência & saúde coletiva. 2005; 10 (2):309-13.
Barbosa M. Os Idosos e a Complexidade dos Regimes Terapêuticos. Rev Assoc Med Bras. 2009;55(4):364-5.
Acurcio F. [et.al.]. Complexidade do Regime Terapêutico Prescrito para Idosos. Rev Assoc Med Bras. 2009; 55(4):468-74.
World Health Organization. Adherence to long-term therapies: evidence for action. 2003; [Acedido a 19 de Fevereiro de 2011]. Disponível na Internet: www.who.int/chp/knowledge/publications/ad- herence_report/en/
Osterberg L, Blaschke T. Adherence to Medication. N Engl J Med. 2005; 353:487-97. 11. Blackwell B. Drug Therapy - Patient Compliance. N Engl J Med. 1973;289 (5):249-52.
Gordillo V. [et.al.]. Sociodemographic and psychological variables influencing adherence to antiretroviral therapy. AIDS. 1999;13:1763-69.
Almeida H. [et.al.]. Adesão a tratamentos entre idosos. Com. Ciências Saúde. 2007; 18(1):57-67.
Gallagher E, Viscolli C, Horwitz R. The relationship of treatment adherence to the risk of death after myocardial infarction in women. JAMA. 2003;270 (6):742-4.
National Cholesterol Educations Program. Rationale for Intervention. 2002;pp II-1-II-61.In: Third Report of The National Cholesterol Educations Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation, and treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III).
American Diabetes Association. Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus. Diabetes Care. 2011;34:S1:S62-S69.
Portugal. Direcção Geral de Saúde. Diagnóstico e Classificação da Diabetes Mellitus. 2011;1-13.
American Heart Association. JNC 7 - Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure. Dec. 2003; 1206-1252. [Acedido a 01 de Maio de 2011]. Disponível na Internet: http://hyper.ahajournals.org/cgi/con-
tent/full/42/6/1206
Graham I. [et.al.]. European guidelines on cardiovascular disease prevention in clinical practice: executive summary. European Heart Journal. 2007; 28 2375-2414.
Portugal. Direcção Geral de Saúde. Risco Global Cardiovascular. 2007;1-6.
Cramer J. [et.al.]. The significance of compliance and persistence in the treatment of diabetes, hypertension and dyslipidaemia: a review. Int J Clin Pract. 2008;62 (1):76-78.
Eraker SA, Kirscht JP, Becker MH. Understanding and improving patient compliance. Annals of Internal Medicine. 1984;100:258-268.
Barat I, Andreasen F, Damsgaard EMS. Drug therapy in the elderly: what doctors believe and patients actually do. J Clin Pharmacol. 2001;51:615- 622.
Balkrishnan R. Predictors of medication adherence in the elderly. Clin Ther.1998; 20:764-771.
Leventhal H, Cameron L. Behavioral theories and the problem of compliance. Patient Education and Counseling. 1987; 10:117-138.
Leite SN, Vasconcellos MPC. Adesão à terapêutica medicamentosa: elementos para a discussão de conceitos e pressupostos adotados na literatura. Ciência e Saúde Colectiva.2003; 8 (3);775-782.
Morisky D, Green L, Levine D. Concurrent and predictive validity of a self-reported measure of medication adherence. Medical Care. 1986;24:67-74.
Asplund J, Danelson M, Ohman P. Patients compliance in hypertension. The importance of number of tablets. British Journal of Clinical Pharmacology.1984;17:547-552.
Ramalhinho I. Adesão à terapêutica anti-hipertensiva. Contributo para o seu estudo. 1994. Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, Lisboa.
Chesney MA, Morin M, Sher L. Adherence to HIV combination therapy. Social Science & Medicine. 2000;50:1599-1605.