Aconselhamento farmacêutico em homeopatia

  • Vânia Reis Monteiro
  • Filipa Mascarenhas Melo
  • Victoria Bell
Palavras-chave: Homeopatia, medicamentos homeopáticos, aconselhamento farmacêutico, educação.

Resumo

Ao longo do tempo, tem-se verificado um aumento do interesse pelas Medicinas Complementares e Alternativas (MCA), sendo a homeopatia uma das mais utilizadas. Surgiu no século XVIII através do médico alemão, Samuel Hahnemann, e até hoje diferencia-se pelos princípios em que se baseia – similitude, infinitesimalidade e globalidade. Os medicamentos homeopáticos foram demonstrando vantagens em relação aos medicamentos convencionais no que diz respeito à toxicidade, aos efeitos adversos e às interações medicamentosas. Ganhando cada vez mais utilizadores em toda a Europa, foi necessária a implementação de regulamentação específica para a introdução no mercado dos medicamentos homeopáticos em qualquer Estado-Membro, de forma a promover-se a circulação segura dos mesmos. No entanto, grande parte da comunidade científica aponta falhas na demonstração de plausabilidade e de eficácia da homeopatia.
Apesar da controvérsia gerada, que leva a uma divisão de opiniões bem vincada, cabe aos farmacêuticos garantir que o doente é informado de forma correta e completa sobre qualquer terapêutica ou medicamento, contribuindo para a sua saúde e bem-estar. Relativamente à homeopatia, o papel ético dos farmacêuticos passa pela precisão e imparcialidade dos aconselhamentos, que devem ser sempre acompanhados de dados atualizados correspondentes aos estudos que têm sido feitos em torno dos medicamentos homeopáticos.
Para que se forneçam dados verdadeiros, atualizados e confiáveis sobre os medicamentos homeopáticos é fundamental que a homeopatia seja encarada como uma área de interesse para os farmacêuticos. Incluí-la no plano de estudos de todas as faculdades de farmácia promoveria uma atualização constante de jovens farmacêuticos, desenvolvendo os seus conhecimentos e competências, capacitando-os assim para um melhor auxílio ao paciente na decisão informada sobre a utilização de medicamentos.