Nanotoxicologia: Uma Área Emergente

  • Ana Rita Figueiras
  • Rita Ladeira
  • Francisco Veiga
Palavras-chave: Nanotecnologia, Nanotoxicologia, Nanopartícula, Toxicidade, ADME.

Resumo

A nanotecnologia, onde se inserem as NPs, é uma das áreas mais importantes no desenvolvimento da Indústria Farmacêutica. Sendo as NPs pequenos transportadores onde pelo menos uma das dimensões físicas se encontra entre 1-100 nm, estas contribuem para uma melhoria das características biofarmacêuticas dos princípios ativos. Diversos fatores contribuem para a toxicidade de uma NP, de
onde se pode destacar, sem dúvida, a dose administrada, mas também o tamanho e área de superfície, as características da superfície, a estabilidade e a via de exposição. Para que se possa avaliar adequadamente o comportamento das NPs, podem ser realizados estudos in vitro, em culturas celulares, ou in vivo, em animais. Numa situação ideal, apenas seriam utilizadas as culturas celulares, por todas as questões éticas e morais associadas ao uso de animais. No entanto, atualmente, esta situação não se verifica, pois ainda não se estabeleceu uma correlação in vivo/in vitro adequada. O comportamento das NPs acima mencionado corresponde às suas características farmacocinéticas, no que diz respeito à Absorção, Metabolização, Distribuição e Eliminação. Se se entender como é que a partícula se comporta dentro do organismo, e em contacto com os vários fluidos, a compreensão dos seus mecanismos de toxicidade é simplificada. Para finalizar, serão apresentados exemplos práticos de toxicidade de medicamentos já comercializados com lipossomas, NPs poliméricas e metálicas e micelas poliméricas. O efeito secundário mais comum é, de facto, as reações de hipersensibilidade, que podem e devem ser prevenidas com a utilização de anti-histamínicos.